16.5.11

E Essa Ansiedade Que Não Passa?!?


Alguns bebem, outros comem, outros fumam. A ansiedade está por todo lado. Em cada olhar aflito, em cada unha roída, em cada tremedeira e nas batidas rápidas do coração. Geralmente, ela não é das melhores sensações a se ter, mas, acreditem se quiser, ela tem seu lado bom.
Para podermos entender o que é ansiedade na psicanálise, precisamos saber que uma das coisas que rege o nosso psiquismo é o chamado Princípio de Prazer. É simples: a mente tenta sempre buscar o prazer e evitar o desprazer e, para isso, utiliza diversos mecanismos. Agora sim, vamos à origem.
Existem duas situações às quais a ansiedade se relaciona: situações traumáticas e situações de perigo.
Podemos dizer que as situações traumáticas são aquelas em que a psique recebe uma quantidade muito grande de estímulos e não consegue descarregá-los nem dominá-los, desenvolvendo então a ansiedade. Um exemplo clássico: o bebê com fome na ausência da mãe - ele não consegue obter prazer sozinho, satisfazer seu desejo de alimentar-se, então, sua mente é invadida por estímulos que não são nem descarregados nem dominados.
As situações de perigo se dão ainda antes disso. É quando agimos com ansiedade a fim de antecipar o início de uma situação traumática e evitá-la antes mesmo que ela se torne traumática, o que pode ser chamado de "ansiedade de alarme". No caso do bebê, a ausência da mãe cria uma ansiedade por ser uma situação de perigo pois, se ele tiver fome e ela não estiver presente, isso se tornará uma situação traumática.
Ou seja, o Ego sempre reage com ansiedade diante de uma situação de perigo para evitar situações traumáticas pois, assim, gera menos desprazer à psique.
A ansiedade serve como uma força para o Ego dominar as pulsões ("instintos").
Portanto, há uma grande importância dessa emoção na vida psíquica de uma pessoa. Se não nos sentíssemos aterrorizados com nada, não iríamos sobreviver.


por Loren Chermann
(estudante e amante de psicologia)

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